Procuro-me em pungente fila indiana
Do tamanho das Montanhas Rochosas.
Vivo sempre numa zona raiana
Entre a esperança e horas dolorosas.
Sigo nos Andes em voo de condor
Em febril obsessão de me encontrar.
De vez em quando aparece uma flor
Para, no instante seguinte, murchar.
Um Índio entende a minha ansiedade
Porque ele busca a sua identidade
Na profundidade da Cordilheira.
Sentamo-nos numa íngreme ladeira.
Recordar o passado é suave e duro!
Procuramo-nos no céu do futuro
Augusto lemos