Charles Spencer Chaplin Jr. (Londres, 16 de abril de 1889 – Corsier-sur-Vevey, 25 de dezembro 1977) foi um ator, diretor e roteirista britânico.
Seu principal e mais conhecido personagem é conhecido como Charlot, na França e no mundo francófono, na Itália, Espanha, Portugal, Grécia, Romênia e Turquia, e como Carlitos, no Brasil: um andarilho pobretão com as maneiras refinadas e a dignidade de um gentleman, usando um fraque preto esgarçado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, um chapéu-coco ou cartola, uma bengala de bambu e - sua marca pessoal - um pequeno bigode.
Chaplin foi uma das personalidades mais criativas que atravessou a era do cinema mudo; atuou, dirigiu, escreveu, produziu e financiou seus próprios filmes.
Foi também um talentoso jogador de xadrez e chegou a enfrentar o campeão estadunidense Samuel Reshevsky.
O posicionamento político de Chaplin sempre foi esquerdista, quando não, da extrema esquerda. Vários de seus filmes seguiram essa tendência, principalmente Tempos Modernos (Modern Times, 1936), que foi uma crítica à situação da classe operária e dos pobres em geral. É notória a implantação de conceitos Marxistas (Karl Marx, foi o fundador destes conceitos).
Chaplin ao dizer que iria viajar para a Inglarerra junto com sua conjugue Oona O'Neill, esta que nunca tinha viajado para o exterior, em 1952, foi ameaçado que seus bens iriam ser tomados pelo governo. Sua atitude foi surpreendente, sem questionar, disse que podia vender tudo! Quando resolveu retornar aos EUA foi proibido pelo Serviço de Imigração, com a cassação de seu visto, devido a acusações de "atividades anti-americanas", na época do macarthismo, num processo encabeçado por J. Edgar Hoover. Charlie decidiu-se então por permanecer na Europa, escolhendo morar na Suíça.
Por seu talento e alta inventividade além do domínio de todas as fases de confecção de filmes, Charlie Chaplin é reconhecido como um dos gênios e a face da sua época.
Premiações
Chaplin e Jackie Coogan em "O Garoto/O Miúdo" (1921)Sua primeira nomeação ao Oscar foi em 1929, ano do primeiro Oscar. Chaplin havia sido nomeado como melhor diretor de comédia e melhor ator em The Circus, mas a Academia de Hollywood decide desconsiderar e dar-lhe um prêmio especial pela "versatilidade e excelência na atuação, roteiro, direção e produção". Outro filme a receber um prêmio especial naquela ano foi O Cantor de Jazz (The Jazz Singer), a primeira película falada e cantada, com Al Jolson no papel título.
Chaplin não levava muito em conta estas nomeações, seu filho descreve que ele deixava seu prêmio de 1929 ao lado da porta, para não deixá-la bater. Este fato provocou a ira da Academia de Hollywood. Isto talvez explique porque Luzes da Cidade e Tempos Modernos, considerados um dos melhores filmes de todos os tempos, nunca estiveram na lista da Academia.
Seu filme O Grande Ditador (1940) recebeu nomeações como melhor filme, melhor ator, melhor roteiro e música original, mas não foi premiado. Assim como Monsieur Verdoux (1948), indicado como melhor roteiro.
Em 1952, Chaplin ganhou o Oscar de melhor música em filme dramático por Luzes da Ribalta (Limelight), de (1952), filme que participou também Buster Keaton. Em razão das perseguições da época de sua realização este prêmio só pode ser recebido em 1972, junto com talvez a sua maior premiação.
Em 1972, ainda no exílio, havendo muita expectativa nesta premiação, pois não se sabia se seria permitida sua re-entrada nos EUA, ele volta aos Estados Unidos pela última vez, para receber um prêmio especial da Academia pelas "suas incalculáveis realizações na indústria do cinema", se tornando uma das maiores aclamações na história do Oscar, onde Chaplin foi aplaudido por mais de cinco minutos, em pé por todos os presentes.
Seu último filme foi A Countess from Hong Kong, de 1967.